segunda-feira, 13 de setembro de 2010

a meu derredor

a meu derredor
as paredes conversam segredos
sozinho, solitário, abandonado
até por meus medos

o som das paredes se perde
na ruína que resta de mim
pelo estrago das horas passadas
na busca por um fim

espero pelo dia da minha vida
em que toda minha vida esteja morta
enquanto lastimo profundamente
o insuportável silêncio da porta